A seca é um fenômeno natural que têm atingido Casinhas e dezenas de cidade do Agreste e Sertão do Estado de Pernambuco.
Pelo que temos visto os casinhenses sentem os primeiros efeito da crise e da escassez de água em diversas localidades do Município que percorrem quilômetros em busca de uma lata d água.
O pior de tudo isso é que em algumas localidades a falta do líquido mais precioso leva muitos dos cidadãos a tomarem medidas cruciais como abandonando a sua terra natal ou sobrevivendo com muitas dificuldades na zona rural na criação de caprinos, ovinos, suínos e bovinos.
Antigamente via-se nas localidades dos Sítios Areia de Chatinha, Lagoa Escondida e Sítio Montado, as regiões mais produtoras do caju e da castanha, com o passar dos anos, essa produção foi diminuindo, lamentavelmente alguns moradores cortaram às arvores o que têm levado a degradação ambiental e cometendo um crime contra a natureza levando a desertificação dos locais afetados pela derrubada de árvores nessa região.
Outro fato degradante são os “areais”, denominação dada a locais de retiradas da areia para serem vendidas em diversas cidades do Agreste, tudo começa com um negócio muito lucrativo, o dono da propriedade vende o seu pedaço de terra a preços insignificantes comparado ao valor que o empresário ganha com o agronegócio, em seguida começa a retirar a areia sem precedentes, derrubando as árvores e matando todo o ciclo da natureza existente na região. Muitos moradores afirmam que não é feito o replantio, os cajueiros estão sumindo dando lugar a semi desertos que antes eram cobertos pelo mar verde derramado nas areias brancas dando lugar a crateras feridas no meio do solo morto e abandonado.
“Pela culpa do próprio homem sofremos os efeitos da seca pela triste ambição do agronegócio na derrubada de nossas árvores”.
Para enfrentar a seca, muitos pecuaristas acharam a solução na construção de “cilos”, são reservatórios de ração animal, onde passam por um processo de moagem do produto e são soterradas em uma vala para enfrentar longos períodos de estiagem após alguns meses são dadas aos animais. Chama-se de estocagem do alimento para o animal.
Sobrevivendo apenas com recursos social da bolsa Família, muitas donas de casa não conseguem sequer fazer uma feira para sustentar a família que ainda dispensam remédios e vestimentas, o que piora a situação de muitos moradores. Após a crise gerada pela corrupção no Brasil, os moradores sentem no bolso os primeiros efeitos da crise, não conseguem comprar quase nada com R$ 100, 00 (cem reais), os preços subiram, muitas mercadorias que antes eram compradas a preços acessíveis agora o consumidor tem que se sacrificar para poder sustentar a família que em algumas ocasiões ficam sem o alimento.
Outro setor que têm sentido a crise são os mototaxistas que mediante o aumento do combustível sentem as primeiras dificuldades para conseguir algumas viagens na cidade e no campo. O proprietário da motocicleta além de sustentar a família paga combustível e paga prestações do veículo o que têm diminuído o ordenado do mês. “As viagens são escassas, as pessoas pararam de viajar, não viajavam como antes, o que se vê agora são as motos estacionadas e mototaxistas de braços cruzados”. Disse um morador
Outro setor da sociedade que vêm sofrendo os efeitos da crise são os toyoteiros, motoristas de toyotas que sustentam a família conduzindo passageiros de Casinhas a Surubim ou vice versa. Após a Prefeitura de Casinhas abandonarem a classe, não realizam mais viagens desse tipo no transporte escolar, os trabalhadores destes veículos começam a disputar passageiros nas vias de acesso da cidade, virou rotina os motoristas e cobradores lutarem diariamente para conseguir uma viajem ou um passageiro.
Muitos destes veículos são alugados, o motorista deve conseguir o valor estipulado semanalmente para pagar o aluguel ao dono do veículo e ainda esperar a sobra do dinheiro para sustentar a família ou pagar as dívidas pessoais.
Setores de recreação também têm sentido os efeitos da crise,; como bares e piscinas sentem estrondosamente o efeito da crise em Casinhas, a maioria dos jovens se divertem nestes locais apropriados para a recreação de diversos segmentos da sociedade. Após a crise muitos destes locais estão se esvaziando, antes em movimento normal, os bares eram cheios, os jovens se divertiam bastante, agora o movimento diminuiu, o povo não têm dinheiro para gastar. Salientou um jovem.
Agora resta rezar e pedir a Deus
Edmilson Arruda
Diretor e redator do blog, Formado em História - FAFICA PE, licenciado em Educação Inclusiva, estudante de Teologia Carpina PE.


Nenhum comentário
Postar um comentário