Lewandowski oficializou a transferência do ministro da primeira para a segunda turma do STF. Toffoli participará de julgamentos do esquema de corrupção na Petrobras
REDAÇÃO ÉPOCA
Dias Toffoli, ministro do STF (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)
Um dia depois de pedir para migrar para a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por julgar a maior parte dos inquéritos ligados à Operação Lava Jato, o ministro Dias Toffoli se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e com os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Aloizio Mercadante, da Casa Civil, no Palácio do Planalto. O encontro levou cerca de uma hora e meia, mas, segundo o ministro, nada teve a ver com a operação.
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Toffoli afirmou que a audiência com Dilma estava marcada “havia muito tempo” e que serviu somente para apresentar a proposta do Registro Civil Nacional (RCN), uma identificação centralizada do cidadão brasileiro pela Justiça Eleitoral que irá contar do nascimento ao óbito. Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo se o assunto Lava Jato foi abordado em algum momento da reunião com a presidente, Toffoli foi enfático: “Não”.
Com a transferência para a segunda turma, o ministro vai presidir por um ano as investigações dos acusados de um esquema de propina na Petrobras, o petrolão. A migração dele evita empates e acaba com o risco de um ministro ser indicado de modo “ad hoc”, para julgar especificamente as questões ligadas à operação. Marco Aurélio Mello, ministro mais antigo da primeira turma, rejeitou a mudança. Toffoli, ex-advogado do PT, por sua vez, aceitou-a.
No início da tarde desta quarta-feira (11), Ricardo Lewandowski, presidente do STF, assinou o documento que concretiza a mudança de Toffoli, segundo a Folha de S. Paulo.
RCN
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