G1.
O secretário da Casa Civil de Pernambuco, Luciano Vasquez, informou na noite desta quarta-feira (14) que vai pedir na justiça a ilegalidade da greve dos policiais e bombeiros militares. “Vamos entrar com ação junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) solicitando a ilegalidade e abusividade dessa greve. Foi montada uma comissão suprapartidária de parlamentares para ouvi-los e ficou o entendimento que a paralisação encerraria', comentou.
Vasquez acrescentou que o governo pode acionar a Força Nacional para garantir a ordem pública. 'O governo está reunido neste momento fazendo planejamento estratégico para enfrentar essa nova situação. Esperamos o bom senso dos que estão no movimento para voltar às ruas e prestar o serviço de segurança à população', explicou o secretário.
Segundo ele, na mesa de negociação com o governo, a categoria tinha se comprometido em encerrar a paralisação. 'Nós avançamos dentro de uma negociação que já havia sido feita lá atrás, quando tivemos o aumento de 14,54% na data base do próximo mês de junho. Outros pontos foram solicitados pela comissão de parlamentares e o governo, dentro da sua limitação legal, a legislação eleitoral e de responsabilidade fiscal, conseguiu avançar em outros pontos', argumentou Vasquez.
“Nós iremos garantir a segurança e ordem pública. Pedimos tranquilidade à população. Nenhum arrastão foi confirmado. Estamos reunidos e vamos tomar medidas para garantir a paz no estado, como a convocação de tropas nacionais e da Polícia Civil”, complementou o secretário.
Manutenção da paralisação - Após reunião com líderes do Governo do Estado e representantes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a comissão independente de policiais militares decidiu manter, nesta quarta-feira (14), a paralisação iniciada na noite de ontem.
Em assembleia realizada no início da noite de hoje, parte da categoria que aderiu à mobilização decidiu permanecer acampada em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Executivo Estadual.
Um dos representantes dos policiais militares, soldado Joel Maurino, afirmou que não foi fechado acordo quanto ao aumento de 50% no salário-base, uma das reivindicações da categoria. Ainda segundo ele, durante a reunião ficou acordada a criação, a partir de amanhã (15), de uma comissão especial para tratar da reestruturação do centro médico hospitalar da Polícia Militar.
O grupo envolvido na mobilização também pleiteia, entre outros pontos, aumento do vale-refeição e estruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) da corporação.
Panorama - Nesta quarta-feira, primeiro dia de paralisação, dezenas de viaturas da PM ficaram paradas durante a manhã em frente ao 16º Batalhão Frei Caneca, no Cais de Santa Rita. O posto da esquina da Rua Sete de Setembro, próximo à Avenida Conde da Boa Vista, e o da Rua da Imperatriz, que fica na esquina com a Rua do Hospício, também no Centro, não abriram.
Entenda a greve - Em assembleia realizada na noite da terça-feira, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, uma comissão independente de policiais e bombeiros militares decidiu cruzar os braços, após participar de reunião com o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, e com o chefe da Casa Militar, coronel Mario Cavalcanti de Albuquerque.
Após a reunião, Vasquez informou que os policiais militares terão reajuste de 14,55% no contracheque de junho, equivalente à quarta parcela acordada em acerto entre governo e categoria, há quatro anos. O primeiro aumento foi em 2011, de 14%; a segunda e a terceira parcelas foram de 10%, em 2012 e 2013. Os reajustes foram concedidos sempre no mês de junho de cada ano.
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