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Vídeo mostraria Bolsonaro dizendo que troca na PF seria para proteger família, segundo jornais

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12.5.20

Diário de Pernambuco
Foto: AFP
Segundo veículos de comunicação, como CNN, Folha de S. Paulo e Globo, o presidente Jair Bolsonaro vinculou a mudança do superintendente da Polícia Federal do Rio Janeiro a uma proteção de sua família, em reunião ministerial gravada pelo Planalto no dia 22 de abril. Pessoas que tiveram acesso à gravação reforçaram essa questão. Bolsonaro teria afirmado que os familiares estariam sendo perseguidos.

O presidente teria dito que não poderia ser surpreendido com informações da PF e que então trocaria, se fosse necessário, o comando da PF e até o ministro da Justiça, na ocasião, Sergio Moro.

A troca da Superintendência do Rio é ponto central das investigações envolvendo uma possível interferência do presidente na corporação. Segundo o ex-ministro Sergio Moro, Bolsonaro tentava interferir na PF.

Declarações de Bolsonaro provocam mal-estar e reação da Polícia Federal

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22.8.19

Durante evento da Associação dos Delegados da Polícia Federal, representantes da categoria defendem mandato para diretor-geral e liberdade para montar equipe sem interferência
Agência O Globo
Prédio da superintendência da Polícia Federal no Rio 
Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo


SALVADOR - As recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de trocar o comando da Polícia Federal provocaram mal-estar e reação dentro da categoria durante evento organizado pela Associação dos Delegados da Polícia Federal ( ADPF ), nesta quinta-feira, em Salvador. Em entrevista no Palácio da Alvorada, o presidente reclamou da repercussão da troca do superintendente da PF do Rio de Janeiro e disse que se não pudesse trocar o superintendente, ele ia trocar o diretor-geral.


Os delegados têm afirmado que as declarações do presidente reforçam a necessidade de autonomia da PF e um mandato fixo para o diretor-geral da instituição, o que blindaria o comando de interferências políticas. Reservadamente, delegados têm classificado Bolsonaro como “traidor” da categoria, primeiro por conta da reforma da Previdência , que não atendeu a seus pleitos, e agora por causa da tentativa de interferência na nomeação do superintendente da PF no Rio .
A insatisfação foi verbalizada no evento pelo presidente da ADPF, o delegado Edvandir Paiva.

— É fundamental que o nosso diretor-geral tenha mandato, seja escolhido por critérios técnicos e republicanos, que tenha a capacidade de formar a sua equipe sem interferência de nenhum posto político do governo. Porque a Polícia Federal é uma polícia de Estado. Nós respeitamos a autoridade que o povo conferiu ao presidente da República, entretanto, o trabalho da Polícia Federal é um trabalho de Estado, permanente, independente de qualquer governo — afirmou Paiva na abertura do evento, cujo tema é o combate à corrupção.

LEIA : Witzel discorda de tentativa de Bolsonaro interferir na PF

Presente no evento, o diretor-geral da PF Maurício Valeixo discursou sobre o tema da corrupção, mas não comentou possíveis tentativas de interferência na PF.

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— A corrupção é sim um crime grave, porque significativos recursos públicos são desviados, não permitindo que atinjam seu objetivo — discursou Valeixo.

ENTENDA :  Em oito pontos, a crise do governo com a Receita, PF e Coaf

A situação deve reacender as articulações da PF pela aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), atualmente parada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que estabelece autonomia para a PF, inclusive de elaborar e aprovar seu próprio orçamento. Apresentada em 2009, a PEC nunca chegou a avançar.

Paiva defende que haja um “debate intenso” com a sociedade sobre a PEC, para criar mecanismos de contrapeso e controle de outras instituições em relação ao Orçamento e à atuação da PF.

— Hoje nós não conseguimos sequer fazer um planejamento de reposição dos nossos quadros.  Nós temos 4.500 cargos vagos na PF — afirmou o presidente da ADPF.

No entorno do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, a declaração de Bolsonaro foi vista como uma tentativa de diminuir o poder de Moro, responsável por escolher o diretor-geral para o cargo, informou o colunista do GLOBO Lauro Jardim. Com a interferência na PF, o presidente quebrou o compromisso, assumido em novembro de 2018, de "liberdade total" ao então futuro ministro na Justiça .

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